A arquiteta criou refúgio que valoriza o desenvolvimento infantil com base na neurociência, em um espaço de 17,4 m²
A arquiteta especializada em ambientes infantis, Dani Yara, estreia na Mostra Morar, no Rio de Janeiro com o “Quarto Aconchego”. O ambiente de 17,4 m² apresenta soluções inovadoras que levam a criança ao protagonismo, trazendo o desenvolvimento no papel principal do ambiente. Para isso, a neurociência entra em cena, aliando além do design e funcionalidade.
O quarto infantil deve ser a ferramenta para o desenvolvimento da criança, um espaço que não apenas acomoda suas necessidades práticas, mas também promove seu crescimento emocional e psicológico. “Ao contrário de quartos temáticos e repletos de cores vibrantes, o ‘Quarto Aconchego’ opta pela simplicidade, funcionalidade e acolhimento, criando um ambiente onde a criança se sente segura e livre para explorar. Além de estimular o desenvolvimento infantil, o projeto facilita a vida dos pais ao oferecer um espaço organizado e funcional que contribui para a rotina familiar”, explica a Dani Yara.
O “Quarto Aconchego” é mais do que apenas um espaço de descanso. Para Dani, este é um refúgio para as crianças. “O seu lugar no mundo onde você se sente pertencente, acolhido e seguro. Um lugar para se acalmar, explorar, desenvolver sua imaginação, criatividade, autoconfiança e autoestima”, comenta a profissional.
Sua filha Laura, de 5 anos, foi sua inspiração para concepção do espaço. “Ela está em pleno desenvolvimento e precisa ser estimulada corretamente. Por isso, meu objetivo não era criar um quarto repleto de cores e estímulos, como um ‘salão de festas’, nem incluir excessiva marcenaria. Minha ideia era propor um espaço que ajudasse a criança a se acalmar, a esquecer a correria e os muitos estímulos externos, proporcionando um ambiente que diminuísse a agitação e a ansiedade, ao mesmo tempo em que oferecesse aconchego, leveza e alegria”, explica Dani.
Cada elemento do ambiente foi projetado cuidadosamente para promover o desenvolvimento da criança, respeitando sua escala e suas necessidades emocionais e físicas. Dani utilizou seu conhecimento em neurociência, para trazer elementos que contribuem para o desenvolvimento cognitivo das crianças. Desde a escolha das cores até a disposição dos móveis, cada detalhe do espaço foi pensado para potencializar a segurança emocional, o conforto e a autonomia dos pequenos. “A neuroarquitetura explica que o ambiente onde a criança vive e brinca pode impactar diretamente no desenvolvimento de habilidades cognitivas e emocionais”, completa.
Dessa forma, a arquiteta foi além de criar um ambiente funcional; ela estimulou a criatividade e as conexões cerebrais. “Priorizei uma paleta de cores calmantes, com tons suaves como rosa, verde, bege e caramelo que promovem a calma e a leveza. As cores suaves não apenas trazem um visual acolhedor, mas também ajudam a reduzir os níveis de estresse infantil e criar uma atmosfera de relaxamento”, explica.
Os elementos naturais, como a madeira e plantas, e o tsuru (origami japonês símbolo de longevidade e paz da cultura oriental), foram usados para promover a sensação de tranquilidade, reduzindo a ansiedade e melhorando a saúde mental das crianças, conforme estudos de neurociência ambiental. “Inspirada no estilo Japandi, a base de marcenaria foi projetada para ser atemporal e adaptável, permitindo que o quarto evolua conforme a criança cresce. O tablado de madeira, além de garantir conforto térmico, cria um espaço que incentiva a criança a explorar, desenvolvendo sua autonomia e percepção espacial”, revela a arquiteta. Os Tsurus foram produzidos pelo projeto Carinho em Dobra, que usa a arte milenar dos origamis para conectar e aproximar pessoas, através de oficinas em instituições de saúde, escolas e eventos comunitários e da doação de livros do projeto que ensinam a técnica de dobradura em papel.
Além disso, a arquiteta apostou em mobiliários soltos, como mesinha de atividades e cadeiras na altura das crianças, projetados para estimular a plasticidade cerebral, incentivando a reorganização do espaço e a criatividade. E trouxe elementos sensoriais e de acolhimento. “A tenda no quarto oferece um espaço de refúgio emocional para a criança, onde ela pode se sentir mais segura e protegida. Já o balanço auxilia no desenvolvimento do equilíbrio e da coordenação motora, criando uma experiência interativa e lúdica”, finaliza.
Dani Yara: Arquitetura que Transforma Vidas
Com mais de 20 anos de experiência no mercado, a arquiteta Dani Yara construiu uma carreira sólida e diversificada, abrangendo vários segmentos da área. Ela se especializou em ambientes infantis, unindo sua paixão pelo potencial humano com uma abordagem fundamentada em neurociência, pedagogia e design. Sua formação inclui complementos em cenografia, iluminação, cores e neurociência aplicada à arquitetura, sempre com foco em criar espaços que inspiram beleza, acolhimento e bem-estar.
Atualmente, cursando pós-graduação em Neurociência do Desenvolvimento Infantil, Dani acredita que os ambientes podem transformar a forma como as pessoas interagem e se sentem. Para realizar um bom trabalho, ela considera que os pilares principais são a empatia e o amor que dedica a cada projeto. Membro do NeuroArq Membership, Dani utiliza a neurociência como fio condutor de suas decisões de design, estimulando o desenvolvimento infantil e ajudando a formar seres humanos mais confiantes e felizes.
www.instagram.com/arquiteta.daniyara
Serviço
21ª edição do Morar Mais Rio
Data: De 10 de Outubro a 17 de Novembro.
Endereço: R. Emb. Carlos Taylor, 150 – Gávea
Horário de funcionamento:
Terça a Sábado: 12h às 21h
Domingo: 12h às 20h
Terça – R$40,00 (dia de preço promocional)
Quarta a domingo – R$60,00
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